Criptoquirdia - IUN - Urologia

17 4009-9191
Rua Voluntários de São Paulo, 3826
São José do Rio Preto / SP

Notícia

Criptoquirdia

O termo criptorquidia tem origem no grego “cripstos”, que significa oculto; e “orqui”, que significa testículo, ou seja, a criptorquidia significa a ausência do testículo no seu lugar habitual, a bolsa escrotal.

Quando ocorre?

Os testículos se desenvolvem durante a vida fetal (intra-uterina) na região abdominal e, então, começam seu trajeto de descida para a bolsa escrotal, terminando-o ao final da gestação. Esta migração descendente é propiciada por diversos fatores e pode ser interrompida em qualquer local durante este processo, originando a criptorquidia.

A criptorquidia representa uma das afecções mais comuns da infância, principalmente em bebês prematuros. Pode ocorrer de um lado (unilateral) ou dos dois lados (bilateral).

 Porque os testículos migram?

Esta troca de ambiente que ocorre ao final da gestação tem uma razão de ser: para produzir espermatozóides viáveis e maduros, os testículos devem trocar o calor de dentro do abdome por um lugar um pouco mais frio, o escroto. Uma diferença de 1,5 a 2,0 ºC entre esses dois locais pode ser suficiente para inibir a produção de espermatozóides.

Complicações

A criptorquidia deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, pois podem surgir complicações ao manter os testículos em um local anômalo. Entre elas deve-se destacar as grandes chances de malignização do testículo e sua consequente transformação em uma neoplasia (câncer), o que ocorre bem mais tardiamente. Podem ainda ocorrer torções testiculares, hérnias e infertilidade.

Tratamento

Em três quartos dos casos, o testículo desce nos três primeiros meses de vida, mas aqueles que não atingiram a bolsa escrotal até um ano de vida dificilmente o farão naturalmente, sendo necessário tomar alguma medida para que isso ocorra. O tratamento consiste em levar o testículo para o seu local correto, o que deve ser feito prioritariamente entre os 6 e 18 meses de vida. Esta realocação geralmente é feita cirurgicamente.

Se o diagnóstico for feito tardiamente, pode ser necessária a retirada do testículo (orquiectomia). Porém, se tratado corretamente, a criança evolui sem qualquer tipo de problema, desenvolvendo-se ao tamanho normal dentro bolsa escrotal.

Fonte:SBU