Atualizações na abordagem e tratamento da ejaculação precoce. - IUN - Urologia

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Notícia

Atualizações na abordagem e tratamento da ejaculação precoce.

Atualizações na abortagem e tratamento da ejaculação precoce


Também conhecida como ejaculação Rápida (EP), a EP é uma das principais disfunções ejaculatórias que acometem os homens. Apesar de comu, há ainda muito pouca informação sobre seu mecanismo e suas causas. Muitos dos pacientes não estão dispostos a discutir seus sintomas, da mesma forma que muitos médicos não têm conhecimento sobre a doença e seus tratamentos.
Como consequência, os pacientes são mal diagnosticados e tratados.
Embora seja a disfunçaõ ejaculatória auto-relatada mais frequente por adultos jovens (5 a 40%), ainda não há concenso quanto sua definição.
Sua prevalência em homens entre 18 e 59 anos pode chegar a 31%, e destes, 55% estão na faixa entre 50 e 59 anos.


Definição


É aceito que a ejaculação é rápida quando o homem tem a sensação de estar ejaculando mais rapidamente do que gostaria, com a sensação de não conseguir controlar a ejaculação e que essa situação está atrapalhando sua vida sexual. Para efeitos de padronização, visando principalmente aos trabalhos científicos, introduziu-se a quantidade de tempo de latência de ejaculação intravaginal (IELT). Assim, foi proposto que homens com valores de IELT inferior a 0,5 minuto sejam considerados em EP definitiva e entre 0,5 e 2,5 minutos com EP provável.


Fisiopatologia


As causas para a EP ainda não são bem estabelecidas, pois ainda não existem dados científicos que consigam atribui-la a alterações biológicas e psicológicas. Dentre as causas mais prováveis temos a ansiedade, a hipersensibilidade peniana e a disfunção dos receptores de serotonina.


Tratamento


O tratamento recomendado tem duas vertentes básicas:
Uma é a realização de psicoterapia, com o objetivo de prolongar o tempo de latência ejaculatória, levando a um relacionamento sexual mutuamente satisfatório.
A outra é a farmacológica com o uso de antidepressivos tricíclicos e as drogas recaptadoras de serotonina em doses diárias ou sob demanda, anestésicos tópicos também são utilizados para retardar a ejaculação (é importante mencionar que eles podem causar anestesia vaginal e anorgasmia na mulher, a menos que seja empregado o preservativo).
Ainda não existem evidências que comprovem a eficácia dos inibidores de fosfodiesterase 5 (PDE-5) para a EP, porém, podem ser bastante benéficos para aqueles com disfunção sexual associada (EP+DE). Este tratamento é paliativo, pois a pós a suspensão do medicamento, o quadro tende a retornar.


A psicoterapia tem como principal objetivo lidar com a ansiedade e outros distúrbios de humor, além de poder ajudar em problemas conjugais que a EP promoveu. Estudos mostram que a psicoterapia associada a terapia sexual auxilia no aumento do tempo e da satisfação na relação sexual. Portanto, prefere-se a terapia psicológica ao invés da farmacoterapia visto que apresenta bons resultados, quando o paciente persiste no tratamento, e costuma ser curativo.


Farmacoterapia


Inibidores da recapração de serotonina (ISRS)
O tratamento farmacológico da EP tem como principal arma o uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Essas drogas agem em terminações nervosas cerebrais impedindo a recaptação da Serotonina que é um neurotransmissor que promove o processo de ejaculação.
As principais drogas desse grupo são: Citalopram, Fluoxetina, Fluvoxamina, Paraxetina e Sertralina. Essas drogas necessitam de um tempo mínimo de 1 a 2 semanas para começar a agir na EP, e a parada de seu uso pode levar ao retorno dos sintomas iniciais. Os principais efeitos colaterais desses medicamentos são: fadiga, sonolência, náuseas e diarréia.


Conclusão


Como a ejaculação depende da interação complexa entre os sistemas nervoso central, somático periférico e autônomo, enquanto não houver um conhecimento cientificamente provado do funcionamento dos mecanismos neurobiológicos, fisiológicos e psicológicos, ainda estaremos longe de prever os tratamentos futuros para a EP.

Fonte:Revista UroABC