Câncer de Pênis - IUN - Urologia

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Urologia

Câncer de Pênis

É um a doença rara, sendo mais freqüente na população de baixo nível sócio-econômico em países em desenvolvimento, como em algumas regiões do Brasil, principalmente o norte e nordeste. Apresenta 0,4% dos tumores malignos nos Estados Unidos e 2,1% no Brasil. O principal tipo histológico é o carcinoma de células escamosas e relacionado à irritação crônica por má higiene, fimose e doenças sexualmente transmissíveis como o HPV. A prevenção do tumor é realizada facilmente com a educação da população, com o cuidado de higiene, uso de preservativo nas relações sexuais para se evitar o HPV e a cirurgia de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade.

Diagnóstico e estadiamento: O paciente apresenta inicialmente lesão vegetante ou ulcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal (5%).O exame físico apresenta alto valor preditivo positivo, sensibilidade e especificidade, sendo o principal método para a avaliação de extensão local e metástases envolvendo os linfonodos inguinais, que é o primeiro local de disseminação metastática. O diagnóstico é confirmado pela biópsia da lesão. Tomografia e a Ressonância são utilizados para o estadiamento, apesar de se ter muito falso positivo ou falso negativo. No câncer de pênis quase 50% dos linfonodos aumentados na região inguinal não são metastáticos e 20% dos linfonodos não palpáveis têm metástases.

 

Tratamento

O mais indicado para lesão primária é a amputação parcial ou total do pênis, dependendo do nível de acometimento deste. A amputação parcial permite que o paciente tenha ereções e relações sexuais posteriormente. A linfadenectomia inguinal e, às vezes pélvica, está indicada nos casos de lifonodos inguinais palpáveis , tumores de alto grau e tumores localmente avançados. Alguns urologistas usam antibioticoterapia nos casos de linfonodos inguinais palpáveis, e fazem a linfadenectomia se continuarem aumentados (50% são inflamatórios), mas esta conduta é controversa e discutível, pelo baixo nível dos pacientes, que não retornam para controle posteriormente.

A quimioterapia sistêmica tem sido utilizada no pré e pós-operatório com resultados variáveis e está em avaliação com novos estudos. A radioterapia local do pênis é usada em alguns casos selecionados, com resultados discutíveis.