Doença Renal Crônica e hipertensão: uma pode estar ligada a outra - IUN - Urologia

17 4009-9191
Rua Voluntários de São Paulo, 3826
São José do Rio Preto / SP

Dicas de saúde

Doença Renal Crônica e hipertensão: uma pode estar ligada a outra

A hipertensão é responsável por 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

É comum a relação entre a doença renal crônica e o aumento da pressão arterial, então quando se tem um dos problemas, é preciso ficar atento ao outro.

A insuficiência renal pode causar hipertensão devido à retenção excessiva de sal e líquidos, ou liberando um hormônio produzido no rim, a renina.

Já a hipertensão pode lesar os rins porque torna os vasos sanguíneos desses órgãos mais espessados e rígidos. Com isso há uma redução da irrigação sanguínea tornando a função renal ineficiente. Quando os rins ficam incapazes de remover os produtos nocivos tem-se um acúmulo de líquidos que sobrecarrega o coração, aumenta a pressão arterial e pode traduzir-se sob a forma de edema (inchaço).

O rim desempenha papel fundamental na regulação da pressão sanguínea. Quando a função renal está preservada, uma elevação da pressão arterial faz com que o rim aumente a excreção de sódio e água, com redução do volume sanguíneo, do retorno venoso e, desta forma, mantém a pressão sanguínea dentro de valores normais.

Também é importante ressaltar que a prevalência de hipertensão é maior nas pessoas com doença renal crônica do que na população em geral, e aumenta progressivamente com a deterioração da função renal.

Além disso, a hipertensão pode ser causada por outras enfermidades renais, entre elas estão: glomerulonefrite ou nefrite - unidades filtrantes tornam-se inflamadas; doença policística - onde grandes cistos se desenvolvem nos rins destruindo o tecido renal normal; estenose de artéria renal - há um estreitamento de uma ou ambas as artérias que levam sangue para os rins. 

Hipertensão

No Brasil, de acordo com o Vigitel - Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2017, a prevalência de hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017.

A hipertensão arterial, chamada popularmente de pressão alta, é uma doença crônica, ou seja, não pode ser curada, mas é possível controlá-la.

Pessoas com hipertensão na família têm 30% mais chance de desenvolver a doença, mas hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, diminuição do consumo de sódio que é bastante presente em alimentos industrializados e prática de exercícios físicos, são capazes de reduzir consideravelmente esse risco.

Na grande maioria os casos a hipertensão não apresenta sintomas, o que dificulta seu diagnostico.

Os sintomas são mais comuns em casos já graves de hipertensão e são: dores de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão borrada em decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.

O diagnóstico da hipertensão é feito através da medição, por isso ela deve ser feita periodicamente.

Medidas com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14 por 09) são consideradas altas. Muitas vezes são necessárias várias leituras para estabelecer o diagnóstico.

O tratamento é medicamentoso, e inclui também mudança de hábitos focada em maior qualidade de vida.

Fontes: Blog da Saúde/Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Hipertensão; Pró-renal; Portal da Diálise; e R7 (link – Saúde).